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Ação policial

Vitória da Conquista é alvo da PF em megaoperação contra desvio de verbas da saúde

Cidade baiana está entre os 15 municípios investigados pela Operação Copia e Cola, que mira esquema milionário com suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e fraudes em contratos com OSs

10/04/2025 16h32
Por: Sara Dutra
Foto: Polícia Federal
Foto: Polícia Federal

Vitória da Conquista amanheceu nesta quinta-feira (10) como um dos alvos da Operação Copia e Cola, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular um esquema de desvio de recursos públicos destinados à saúde na cidade paulista de Sorocaba. A ação mobilizou mais de 100 agentes federais e cumpriu 28 mandados de busca e apreensão em 15 cidades, sendo Vitória da Conquista a única fora do estado de São Paulo.

A operação investiga uma Organização Social (OS) suspeita de fraudes em contratos com a Prefeitura de Sorocaba, além de movimentações financeiras consideradas atípicas, como depósitos em dinheiro, pagamentos de boletos e transações imobiliárias. A Justiça também determinou o bloqueio de até R$ 20 milhões em bens e valores, além da proibição da OS de firmar novos contratos com o poder público.

Entre os alvos da investigação está o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), conhecido pela forte atuação nas redes sociais, onde soma milhões de seguidores. Após a operação, Manga publicou um vídeo irônico em seu perfil do Instagram dizendo: “Foi só eu anunciar minha pré-candidatura à Presidência que mandaram a PF na minha casa. E o que encontraram aqui? Bolo de cenoura, Nutella e o Pokémon que meu filho tanto ama.” Em outro trecho, o prefeito afirmou: “Não tenho medo do presidente Lula nem de nenhuma autoridade incomodada com a nossa ascensão.”

As ações da Polícia Federal ocorreram simultaneamente em Sorocaba, Araçoiaba da Serra, Votorantim, Itu, São Bernardo do Campo, São Paulo, Santo André, São Caetano do Sul, Santos, Socorro, Santa Cruz do Rio Pardo, Osasco e Vitória da Conquista. Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, peculato, contratação direta ilegal e frustração do caráter competitivo de licitação.

A operação foi batizada de Copia e Cola e teve início em 2022, a partir de suspeitas de irregularidades em contratos de gestão na área da saúde. Documentos, armas, veículos e cerca de R$ 600 mil em dinheiro vivo foram apreendidos durante a ação.

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