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Cultura

Autor de “Torto Arado”, Itamar Vieira Junior participa da Fligê no sábado e no domingo

Escritor é um dos mais aguardados pelo público que está participando da feira

Fligê 2023

Fligê 2023Cobertura da Feira Literária de Mucugê - 6ª edição.

18/08/2023 19h43Atualizado há 1 ano
Por: Redação

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Itamar, na Fligê de 2019, lançou "Torto Arado"

O premiado autor Itamar Vieira Junior volta à Feira Literária de Mucugê (Fligê) neste sábado (19). Um dos raros escritores brasileiros contemplados, no mesmo ano, com os prêmios Jabuti e Oceanos (2020) – e, em 2018, pelo Prêmio Leya, Itamar é um dos destaques na programação de 2023 e já esteve na feira, em 2019.

Nesta edição, ele participa de duas mesas: às 16 horas, no sábado, da mesa “Cosmovisões rítmicas da terra”, para lançar o livro “Salvar o Fogo”, com a participação de Glicéria Tupinambá, no Espaço Retomada (Espaço da Academia da Saúde, em frente ao Centro Cultural); e no domingo, às 14 horas, a mesa “Arar letra, salvar terra e corpo”, com Gal Pereira, no Centro Cultural. 

Baiano de Salvador, Itamar é graduado e mestre em Geografia – área em que recebeu seus primeiros estudos, voltados a discutir a especulação imobiliária da capital baiana. Mas, já no primeiro doutorado, mergulhou nos estudos étnicos e africanos, focando nas comunidades quilombolas do Nordeste brasileiro.

Na literatura, sua estreia foi impactante, com a conquista do 11º Prêmio de Arte e Cultura de seu estado com o livro “Dias”. Pouco tempo depois, tem sua obra “A Oração do Carrasco” indicada ao Prêmio Jabuti na categoria conto – e também conquista o segundo lugar no Prêmio Bunkyo de Literatura 2018, além de vencer o Prêmio Humberto de Campos, da União Brasileira de Escritores (Seção Rio de Janeiro).

Mas, sua obra de maior reconhecimento é “Torto Arado”, que já vendeu mais de 400 mil exemplares, foi publicado em mais de 15 países e recente foram anunciadas as traduções para mandarim, grego e tcheco.

Lançado em 2018, o livro foi considerado um dos mais importantes da moderna literatura brasileira pela forma sólida e realista com que retrata o universo rural do país. O enredo destaca os trabalhadores sem-terra remanescentes do tempo da escravidão, em especial personagens femininas duplamente vítimas da violência – uma sensível e sofisticada escrita.

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