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Para sabermos se existem diferenças entre os dois tratamentos, primeiro precisamos entender como funciona a imunoterapia. Na oncologia, este tratamento busca recuperar a capacidade do sistema imunológico de reconhecer e controlar/destruir as células tumorais. Ou seja, os imunoterápicos oferecem ferramentas para o sistema imune “enxergar” as células anormais (com câncer) e para combatê-las mais fortemente.
Enquanto no tratamento com quimioterapia os mecanismos de ação baseiam-se em atacar as células tumorais diretamente, a imunoterapia auxilia o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater o câncer.
Além do mecanismo de ação, existem outras duas importantes diferenças entre a imunoterapia e a quimioterapia. Primeiro: os resultados positivos do tratamento com imunoterápicos podem ser mais duradouros do que os obtidos com a quimioterapia, isso porque o organismo passa a ter uma espécie de “memória imunológica” contra o tumor. Outra vantagem: a imunoterapia costuma ter menos toxicidade e efeitos colaterais quando comparados à quimioterapia, sendo melhor tolerada pelos pacientes.
Nas últimas décadas, a imunoterapia tornou-se uma parte importante do tratamento de alguns tipos de cânceres. Para muitos oncologistas, é considerada o principal avanço já alcançado para o combate a esta doença. Mas é importante ressaltar que a sua indicação tem relação com o tipo de tumor e a fase do tratamento em que o paciente se encontra. Não são todos os casos que possuem prescrição para este tipo de tratamento.
Todos os pacientes oncológicos podem contar com estes tratamentos no Icon, por exemplo. Seja quimioterapia, imunoterapia ou terapia-alvo, desde os protocolos mais tradicionais aos mais modernos. Temos uma equipe multiprofissional capacitada para fornecer o melhor tratamento, a depender da indicação a cada paciente.
Gostaria de finalizar este texto com uma mensagem de esperança relacionada ao tratamento contra o câncer. A ciência vem avançando muito rapidamente nos últimos anos e na oncologia não tem sido diferente. Estamos descobrindo tratamentos novos que vem revolucionando o prognóstico e a história natural de diversos cânceres e estamos aperfeiçoando procedimentos já consagrados. Que 2023 seja, portanto, mais um ano de muitas conquistas no combate ao câncer!
- Dra. Ingrid Marques (oncologista)