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Os cânceres no sangue representam cerca de 10% de todos os diagnósticos de câncer. Detalhe: são mais comuns em homens do que em mulheres. Esses cânceres são classificados como leucemias, linfomas ou mielomas, e podem progredir de forma rápida (aguda) ou lenta (crônica). Dependendo do diagnóstico específico, podem ser curáveis ou de caráter crônico. Os principais tipos são linfomas, que podem ser divididos em dois grandes grupos: os de Hodgkin e os não-Hodgkin (estes últimos podem ser divididos em linfomas B e T). Há também o mieloma múltiplo e a neoplasia mieloproliferativa rara.
Existem diversos fatores de risco para tais neoplasias: questões ambientais, ocupacionais, de estilo de vida, de condições de saúde e genéticas, além do vírus da hepatite C, HIV, vírus do EBV (mononucleose), exposição a agrotóxicos e a outros agentes químicos, como benzeno, formol, tinturas de cabelo e solventes.
O diagnóstico de câncer no sangue é confirmado com estudos de células e tecidos, cujo material é obtido por biópsia de gânglios linfáticos ou da medula óssea. Pode ser realizada também uma punção aspirativa da medula óssea (mielograma) e a imunofenotipagem de sangue periférico ou medular. O estudo citogenético (cariótipo) pode complementar, para melhor condução do caso. Alguns locais do corpo são infreqüentes, como tireóide, testículo, mama, rim, próstata e estômago, habitualmente acometidos por carcinomas, mas também podem ser sítios acometidos por linfoma.
O tratamento para os cânceres no sangue vai ser direcionado pelo tipo de doença, mas pode ser desde quimioterapia oral até quimioterapia venosa, radioterapia e terapias-alvo. Também temos a possibilidade de transplante de medula óssea do próprio paciente (autólogo), a partir de um familiar de primeiro grau compatível (alogênico aparentado) e através do banco de medula óssea, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).
Novos medicamentos também começaram a ser utilizados no Brasil e também novas modalidades de tratamento, como o transplante haploidêntico (que permite que pais e irmãos que não são 100% compatíveis possam ter possibilidade de doação) e as imunoterapias. Recentemente aprovadas no Brasil, são procedimentos que combatem o avanço da doença através da ativação do próprio sistema imunológico do paciente, com menos toxicidade. Estes avanços da ciência médica chegam como boas notícias para as chances de cura em pacientes com câncer no sangue e para a sobrevivência com mais qualidade de vida. No entanto, um tema não pode ser esquecido: o mais importante para a cura do câncer no sangue é o diagnóstico precoce.